Esta reflexão é em homenagem ao amigo, irmão de ministério, ao meu xara Fábio.
Quando se pensa em caverna, vem logo na mente, um lugar escuro, cheio de morcegos, úmido, feio, vazio, triste e um medo que te aprisiona.
Quando se pensa em igreja, vem logo na mente um lugar de muita luz, limpo, organizado, confortável, belas músicas, pessoas simpáticas, um lugar alegre e cheio de paz e liberdade.
Quem conheceu o pastor Fábio Ramos de Carvalho, ou simplesmente o Fábio da “Caverna de Adulão”, mudou o seu conceito de “caverna”.
Alias acho o nome “Caverna de Adulão” fantástico, não apenas pelo contexto bíblica onde esta caverna é lugar de refúgio de Davi, onde ele reencontra com a sua família, forma o seu primeiro exercécito, mas sim pelo contraste com as igrejas.
O Fábio nunca foi de pregar contra as igrejas “tradicionais”, e também não perdia o seu tempo rebatendo as críticas ao seu estilo. Simplesmente procurava viver o evangelho em sua plenitude e tinha um grande amor pelas almas que não conheciam a Cristo, principalmente aqueles que eram marginalizadas pela sociedade. Ia nos guetos da cidade, sentava, conversava e ria com pessoas que os “crentes” passam kilometros longe, para não se “contaminarem” com tais pessoas.
Ele fez da sua vida uma caverna, com vida de igreja, contrastando com as igrejas que vivem como caverna. Enquanto no Brasil estamos cheios de igrejas que vivem com aparência de igreja, mas coração de caverna, o Fábio da Caverna, tinha aparência e coração de Igreja, da Caverna de Davi.
Não algo para ser diferente, mas para ser verdadeiro, livre, sem pré conceitos definidos por homens, e sim cheio de conceitos dados por Deus.
Se no Brasil ouvesse menos igrejas no estilo que se tem hoje, e mais cavernas como a caverna do nosso querido irmão, com certeza o Brasil seria um país mais cristão e alcançaria todos as tribos, pois a preocupação seria a vida das pessoas e não o bolso ou a aparência.
nEle que faz da Caverna Igreja, quando a igreja se transforma em caverna
Fábio
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