HISTÓRIA DO CRISTIANISMO
ATRAVÉS DOS SÉCULOS
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A intenção deste breve estudo é entender o começo da igreja (com a morte dos apóstolos) , o por que da Reforma Protestante, bem como os principais nomes e como chegou no Brasil.
Vários livros foram lidos para este resumo, entre ele "Cristianismo Através dos Séculos" e "A Era dos Mártires".
No início os cristãos eram considerados como uma seita judaica e não uma nova religião. Vejamos agora alguns imperadores no começo do cristianismo:NERO 54-68 - IMPERADOR Tinha mania de grandeza e poder, cometendo loucuras em seu reinado; Era considerado louco pelos poetas e literatos; É acusado de colocar fogo em Roma; Acusa e persegue os cristãos; Provavelmente Pedro e Paulo foram martirizados em seu império; Suicida-se após perder o reino. Sobre o incêndio pelo historiador Tácito: “Apesar de todos os esforços humanos, da liberalinada do imperador e dos sacrifícios oferecidos aos deuses, a crença de que o fogo havia sido ordenado. Portanto, para destruir esse rumor, Nero fez aparecer como culpados os cristãos, uma gente odiada por todos por suas abominações, e os castigou com mui refinada crueldade. Cristo, de quem tomam o nome, foi executados por Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Detida por um instante, esta superstição daninha apareceu de novo, não somente na Judéia, onde estavam a raiz do mal, mas também em Roma, esse lugar onde se narra e encontram seguidores de todas as coisas atrozes e abomináveis que chegam desde todos os rincões do mundo. Portanto, primeiro foram presos os que confessaram (ser cristão), e baseadas nas provas que eles deram foi condenada uma grande multidão, ainda que não os condenaram tanto pelo incêndio mas sim pelo seu ódio à raça humana.” “Além de matá-los (aos cristãos) fê-los servir de diversão para o público. Vestiu-os em peles de animais para que os cachorros os matassem a dentadas. Outros foram crucificados, e a outros acendeu-lhes fogo ao cair da noite, para que a iluminassem. Nero fez que se abrissem seus jardins para esta exibição, e no circo ele mesmo ofereceu um espetáculo, pois se misturava com as multidões, disfarçado de condutor de carruagem, ou dava voltas em sua carruagem. Tudo isto fez com que despertasse a misericórdia do povo, mesmo contra essas pessoas que mereciam castigo exemplar, pois via-se que eles não eram destruídos para o bem do público, mas para satisfazer a crueldade de uma pessoa.”Domiciano (81-96) - IMPERADOR1. Zeloso pela tradição, talvez por isso o ódio pelos cristãos;2. Mandou matar os próprios parentes Flávio Clementes e sua esposa Flávia Domicila, acusados de serem “ateus”. Inácio de Antioquia: “o portador de Deus”1. Acusado de não adorar os deuses do império;2. Sua morte (ano 107) em Roma foi em comemoração a vitória sobre os dácios;3. Escreveu 7 cartas no caminha para Roma (para a morte);4. É conhecido como “levado por Deus”, pois há uma lenda que diz que Inácio foi a criança que Jesus tomou em suas mãos; Um dizer de uma das cartas: “Sou trigo de Deus, e os dentes das feras hão de moer-me, para que possa ser oferecido como limpo pão de Cristo.” Policarpo de Esmirna (bispo)1. Martirizado no ano de 155;2. Fugiu 2x, mas após saber que amigos eram torturados para entregá-lo, parou de fugir.3. Várias vezes tentaram persuadi-lo a negar Cristo para viver, as respostas dadas foram: “Faz 86 anos que o sirvo, e nenhum mal me fez. Como hei de maldizer a meu rei, que me salvou!” “O fogo que o juiz podia acender duraria somente um momento, e logo se apagaria, mas que o castigo eterno nunca se apagaria” “Senhor Deus Soberano...dou-te graças, porque me consideraste digno deste momento, para que, junto a teus mártires, eu possa ser parte no cálice de Cristo. ... Por isso te bendigo e te glorifico.” MARCO AURÉLIO 161-180 - IMPERADORCulto, poeta e se achava justo, mas perseguia os cristãos.1. Felicidade e seus 7 filhos foram queimados;2. Justino, um dos maiores filósofos da época: açoitado e decaptado;3. Em Frígia e Ásia Menor os cristãos não podiam sair de casa se não eram espancados e apedrejados;4. Nos cárceres muitos morreram asfixiados;5. Blandina, mulher frágil, mesmo assim os verdugos tiveram que se alterar para a espancar, açoitada, mordida por feras, a fizeram se assentar em ferro quente, amarrada para ser chifrado por touro e por fim degolada.Acusações contra os cristãos no II séc.:1. Promover orgias;2. Bebedices;3. Incesto;4. Canibalismo. No II séc. surgem as primeiras seitas cristãs:1. Gnosticismo (Brasílides, Valentino) – crê que tudo que é material é mal por natureza, assim sendo o espírito nosso está preso no corpo, que um dia ficará livre. Jesus era um mensageiro, que veio nos lembrar de nossa origem; Jesus não veio em um corpo normal.2. Marcion -144 – Acreditava que o mundo era mal, e que o deus do Antigo Testamento e um e do Novo é outro. Em combate as seitas surgem o “credo dos apóstolos”, e os símbolos de fé:Crê em Deus Pai Todo-poderos! Crês em Jesus Cristo, o filho de Deus, que nasceu do Espírito Santo e de Maria, a virgem, que foi crucificado sob Pôncio Pilatos, e morreu, e se levantou de novo ao terceiro dia, vivo dentre os mortos, e ascendeu ao céu, e se sentou à destra do Pai, e virá a julgar os vivos e os mortos! Crês no Espírito Santo, na santa igreja, e na ressurreição da carne! No III séc. surgem os grandes pensadores cristãos:1. Irineu de Leão;2. Clemente de Alexandria;3. Tertuliano de Cartago;4. Orígenes de Alexandria; Mártires do III séc.1. Perpétua e Felicidade são os nomes mais conhecidos.2. Perpétua – jovem rica, com um filho de colo.3. Felicidade, Revocato, Satunino e Secúndulo eram escravos da família convertido ao cristianismo.4. Seus pais tentaram de tudo para convnce-la a abandonar a sua fé, em vão.5. Saturnino, Revocato e Secúndulo, foram lançados aos javalis, e os mataram na hora, menos Secúndulo que nenhuma fera quis matá-lo; depois soltaram um urso que também não o atacou, por fim ele próprio disse que seria morto por um leopardo que aconteceu.6. Felicidade estava grávida, e ameaçaram o filho, após o parto ,ela e Perpétua são jogadas na arena para ser morta por vaca brava, após serem feridas, se abraçam e ficam juntas no centro da arena, onde os verdugos matam Felicidade e não tem coragem de matar Perpétua No final do III séc. surge a pior perseguição Nesta época haviam 2 imperadores: Diocleciano (no Oriente) e Maximiano (no Ocidente). Uma das lenda é o martírio de Acácio e mais 10mil cristãos em um só dia. Nesta época os chefes das igrejas eram aprisionados, os lares cristãos destruídos, e eram obrigados a sacrificarem à ídolos. A grande perseguição começa a acabar com um edito de tolerância no dia 30 de Abril de 311:“Entre todas as leis que promulgamos para o bem do estado, temos tentado restaurar as antigas leis e disciplina tradicional dos romanos. Em particular temos procurado que os cristãos, que haviam abandonado a religião de seus antepassados, voltassem à verdade. Porque tal teimosia e loucura haviam possuído a eles que nem sequer seguiam seus costumes primitivos, mas fizeram suas próprias leis e se reuniram em grupo distintos. Depois da publicação do nosso edito, ordenando que todos voltassem aos costumes antigos, obedeceram por temos ao perigo, e tivemos que castigar a outros. Mas há muitos que ainda persistem em suas opiniões, e temos percebido de que não adoram nem servem aos deuses, nem tampouco ao seu próprio deus. Portanto, movidos por nossa misericórdia a ser benévolos com todos, cremos justo estender também a eles o nosso perdão, e permitir-lhes que voltam a ser cristãos, e que voltem a se reunir em suas assembléias, sempre que não atentem contra a ordem pública.” Até o III séc. a igreja era:1. Perseguida;2. Reunia em casas e catacumbas;3. Eram constituídos na maioria por pessoas simples;4. O culto constava de 2 partes: Primeiro: lia-se e comentava as escrituras, faziam-se orações e cantavam hinos; Segunda: eram apenas para os batizados, começava geralmente com ósculo da paz, logo após vinha o pão e o vinho que era trazido para frente para quem presidia, no qual recordava os atos salvívicos e invocava a presença do Espírito Santo nos elementos, depois partiam o pão e se despediam com a bênção.5. A hierarquia da igreja possuía 3 níveis: bispos,presbíteros e diáconos.6. Havia o peixe como símbolo (icqye, que as iniciais significam: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador.”) Fim da perseguição Constantino começa a fazer a campanha para ser imperador absoluto sobre Roma. Os historiadores dizem que na luta contra Majêncio que uniria o império, Constantino: ou teve um sonho no qual recebeu a ordem de por o símbolo cristão sobre os escudos dos soldados (Lactâncio); ou teve uma visão do céu que disse: “vence nisso”, mostrando o símbolo conhecido como “labarum”, que consistia nas letras gregas X e P (que são as 2 primeiras letras do nome Cristo em grego (XPISTOS). Com a vitória, Constantino (324-337):1. Une o império;2. Se torna um dos maiores imperadores, sendo político e agradando o povo;3. Muda a capital para Constantinopla;4. Faz todas as lutas com o símbolo cristão na frente dos escudos, surgindo assim um medo dos adversários (como no caso de Licínio);5. Procura restaurar o império pagão sobre a base do cristianismo;6. Começou a fazer leis favoráveis ao cristianismo;7. Começou a construir igrejas;8. Só foi batizado em sua morte (337);9. Foi polemico, tendo controvérsias a sua conversão. Com tudo isso a igreja passa de perseguida para fazer parte do poder de Roma, algo até então estranho e que gerou mudanças radicais na vida e teologia da igreja. Surgem os primeiros monaquismos, por 3 motivos:1. Ou não concordavam com a igreja aliada ao império;2. Para se santificar mais;3. Para fugir das tentações. Surgem assim os primeiros monges do deserto. A palavra “monge” vem do termo grego “monachós”, que quer dizer solitário. Isto tornou um movimento de massa, surgindo assim os primeiros monastérios. Alguns monges famosos:1. Antônio o eremita;2. Pacônio (estabeleceu 9 mosteiros);3. Maria (irmã de Pacônio, fundou várias comunidades de monjas);4. Martim (convertido aos 10 anos contra a vontade do pai). Respeitavam profundamente a hierarquia, e o líder indicava quem serio o próximo antes de sua morte. Em 325 surge o primeiro concílio na cidade de Nicéia, com cerca de 300 bispos. O principal motivo que levou a fazer o concílio, foi combater as idéias arianas no qual colocava Jesus como criatura e não criador, liderado por Ário e Euzébio de Nicomédia. Credo de Nicéia:“Cremos em Deus Pai Todo poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus; gerado como o Unigênito do Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus; luz de luz; Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não feito; consubstancial com o Pai; mediante o qual todas as coisas foram feitas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra; que para nós humanos e para nossa salvação desceu e se fez carne, se fez homem, e sofreu, e ressuscitou ao terceiro dia, e virá para julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo.” Juliano, o Apóstata Tentou em vão restaurar a antiga religião pagã. Os nomes mais conhecidos do IV século:1. Atanásio de Alexandria;2. Macrina da Capadócia;3. Basílio, o Grande;4. Gregório de Nissa;5. Gregório de Nazianzo;6. Ambrózio de Milão;7. João Crisóstomo;8. Jerônimo;9. Agostinho de Hipona. Mudança da doutrina da igreja durante os séculos:
ano 310 – Reza pelos defuntos; 375 – Culto aos Santos; 431- Culto a Virgem Maria; 503 – Doutrina do Purgatório; 528 – Extrema Unção; 783 – Adoração das imagens e relíquias; 850 – Uso da Água Benta; 993 – Canonização dos Santos; 1074 – Celibato clerical; 1100 – Venda das indulgências; 1184 – Instituição da “Santa Inquisição”; 1215 – Dogma da transubstanciação e criou-se a confissão auricular; 1229 – Proibição da leitura da Bíblia a leigos; 1316 – Instituição da reza da “Ave Maria”; 1546 – Doutrina que equipara a tradição com a Bíblia Sagrada. Também é o ano em que é introduzido na bíblia os livros apócrifos; 1854 – Dogma da imaculada concepção de Maria; 1870 – Dogma da infabilidade papal; 1950 – Dogma da presença real e corporal de Maria no Céu. • No IV século os bárbaros (em sua maioria anglos e saxões), começam a invadir Roma, após várias tentativas.• Muitos culpavam Roma por ter abandonado os seus deuses.• O império sentia uma certa atração pelos bárbaros.• Átila foi um dos maiores nomes bárbaros (Huno), mas morreu em 453, desfazendo o império dos hunos.• Em 455 os vándalos conquistaram e saquearam Roma.• Genserico, comandante vándalo era ariano convicto.• Causando assim grandes conflitos.• A igreja de Patrício na Irlanda começou a se distinguir do cristianismo do restante da Europa, depois começa haver diferenças entre a igreja do oriente e ocidentes, já não há mais uma união.• A Irlanda começa a enviar uma grande quantidade de monges missionários, muitas vezes pedidos por rei, como Osvaldo.• Surgindo assim até mesmo rei monge como Sigeberto.• Resumindo:• Os séc. V a VIII foram período de obscuridade e angústia na Europa Ocidental.• Os bárbaros reintroduziram na Europa Ocidental os elementos que pouco antes pareciam estar quase desaparecidos: • O paganismo e o arianismo. • Pois quase todos os invasores eram arianos: os vândalos, os visigodos, os ostrogodos, os suevos, os burgúndios e os lombardos.• Mesmo com os conflitos a igreja se une ao império e começa a crescer.• Monges tornam-se os principais professores.• A igreja interfere diretamente na vida do império.O PAPADO
• O termo “papa”, hoje empregado exclusivamente ao bispo de Roma, nem sempre foi assim.• A palavra significa simplesmente “pai”, e era usado para qualquer bispo distinto, existem documentos que se refere ao “papa” Cipriano, “papa” Atanásio.Origem do Papado:1- Os historiadores concordam que Pedro esteve em Roma, provavelmente morreu lá na perseguição de Nero, mas não há documentos antigos que diga que Pedro transferiu sua autoridade apostólica aos seus sucessores.2- As listas antigas que enumeram os primeiros papas, não coincidem.Alguns dizem que Clemente sucedeu diretamente a Pedro, já outros dizem que ele é o terceiro bispo.3- Chegou a ter 5 “papas” simultaneamente:Jerusalém, Antioquia, Alexandria, Constantinopla e Roma.• O primeiro “papa” no sentido corrente do termo:• Leão I, “o Grande”• Era extremamente político e persuasivo.1- Conseguiu unanimidade porque o seu partido saiu vitorioso;2- Convenceu Átila (líder dos bárbaros) a não atacar Roma;3- Em 455 quando Roma foi tomada conseguiu convencer Genserico a proibir assassinatos e incêndios.• Em 498, quando morreu o papa Atanásio II, havia tensão entre os godos e bizantinos.• Conclusão elegeram dois papas:• Símaco (que os católicos consideram como verdadeiro papa);• Lourenço, eleito por Constantinopla.• Depois o rei godo Teodorico começou a nomear os seus papas, chegando a prender quando este não tinha bom êxodo político, como no caso de João I.• 590-604 Gregório I foi o papa da aristocracia, família rica e influente, representava o interesse dos romanos junto ao imperador.• Um breve tempo os papas foram a única fonte de autoridade universal na Europa ocidental.• O último grande papa foi Nicolau I de 856 a 867. Depois começou um grande declínio.• Em 904 Sérgio III mandou encarcerar e matar seus dois rivais, Leão V e Cristóvão I. • Ele mesmo chegou ao poder com a ajuda de uma das famílias mais poderosas e ambiciosas da Itália.• À testa desta família estava o patrício Teofilato e sua esposa Teodora. O próprio Sérgio III era amante da filha de Teofilato, Marósia.• O filho desta união mais tarde seria o papa João XI.• Depois da morte de Sérgio, Marósia e seu marido Guido, se apossaram do palácio de Latrão e aprisionaram o papa João X e depois o mataram cobrindo o rosto com um travesseiro.• Benedito VI foi deposto e estrangulado por Crescêncio, irmão do papa João XIII. João XIV morreu de fome ou envenenamento no calabouço, onde fora colocado por Bonifácio VII, que, por sua vez, também foi envenenado.• Depois o imperador Oto nomeou 2 papas (sendo um seu sobrinho).• Com a morte de Oto a família Crescêncio assumiu novamente, nomeando inclusive Benedito IX que tinha 15 anos.• Em meio a tanto caoso rei da Alemanha Henrique III decidiu intervir, reunindo um sinodo que declarou depostos os 3 papas, e fez uma série de decretos contra corrupção.• Os primeiros 7 concílios:1. Nicéia 325 (controvérsia ariana);2. Constantinopla 381 (controvérsia ariana);3. Éfeso 431 (Cristológico);4. Calcedônia 451 (Cristológico);5. II Constantinopla 553 (Cristológico);6. III Constantinopla 680-681 (Cristológico);7. II Nicéia 787 (Imagens).Decisões dos concílios• No século VII o imperador Justiniano II convocou o concílio “em Trulho”, onde queriam que os clérigos não se casassem mais, pois no Ocidentes já estavam proibidos, a discussão foi tal que acabou com o despojamento do imperador.• No concílio de Éfeso a briga era o termo usado para Maria:• Theotokos (genitora de Deus), ou• Christotokos (genitora de Cristo).A controvérsia, não era de caráter mariológico e sim cristolótico.• Cirilo defendia a Theotokos, enquanto Nestor e Anastácio o termo Christotokos.• Por fim em 22 de Junho de 431 Cirilo ganhou e Nestor foi acusado de herege.• Concílio de Nicéia• A questão das imagens• Na igreja antiga, parece não haver nenhuma objeção contra a decoração com imagens, pois:1- as imagens ou pinturas retratavam passagens bíblicas;2- a grande maioria das pessoas eram analfabetas, tendo assim uma facilidade ao ver a imagem.• No IV século começam a surgir sermões por causa do uso indevido das imagens.• Começa o conflito:1- O imperador Leão III mandou derrubar uma imagem de Cristo;2- Em 754 o filho de Leão, Constantino V proibiu o uso de imagem nos cultos;3- Surgem 2 partidos:• Os “iconoclastas” (destruidores de imagens);• Os “iconodulos” (adoradores de imagens).• Com isso a posição da igreja se divide.• Em 787 o concílio de Nicéia decide pelo uso de imagens, mas estabelece que elas não eram dignas de adoração.• No séc. IX os iconoclastas voltam ao poder e tiram as imagem, mas depois em 842, as imagens foram restituídas e continuam até hoje.• No século IX surgiu a controvérsia sobre a presença de Cristo na Eucaristia.• O monge Radberto dizia que os elementos consagrados se transformavam no corpo e sangue de Cristo.• Algo que não foi aceito pelo imperador Carlos, o Calvo; por fim no século XIII, o quarto concílio de Latrão (1215) promulgou a doutrina da transubstanciação.IMPERADORES
• No século VIII o papa Leão III corou Carlos Magno, onde além de impedir as avançadas muçulmanas, expandiu seu território e o cristianismo.• Carlos Magno incluiu na legislação o descanso dominical obrigatório;• A imposição do dízimo como se fosse um imposto;• A ordem de pregar de maneira simples na língua do povo.• Com sua morte seu filho Luís (“o Pio”), assumiu obrigado, pois queria se dedicar a vida religiosa.• Como novo imperador, tomou decisões sábias, mas polêmicas:1- as eleições dos bispos voltariam para o povo (com isso já não tinha a lealdade absoluta do alto clero);2- As propriedades eclesiásticas ficariam fora da jurisdição dos nobres;3- O dízimo seria dividido em 3 partes, 2 para os pobres e 1 para o clero• Em seu reinado começou a guerra civil, tendo um de seus filhos, como líder dos rebeldes;• Procurou sempre perdoar os traídores, até mesmo depois de deposto e voltar a assumir o reino.• Com sua morte o império foi divido pelos seus 3 filhos, começando assim a última decadência do império quase sem interrupção.• Chegando em 846 os muçulmanos a atacar e saquear as basílicas de São Pedro e São Paulo.Os Mulçumanos
• Fundador: Maomé.• Era membro de uma família respeitada de Meca, na Arábia.• Seu pai morreu um pouco antes de seu nascimento e sua mãe quando ele tinha 6anos.• Foi criado pelo seu tio, porém os negócios da família começaram a piorar.• Passou boa parte da juventude como pastor;• Depois começou a participar do comércio das caravanas, onde teve sucesso,• Casou-se com a viúva rica Cadia.• Em 610 com cerca de 40 anos começou a vida profética.• Tinha contato com o judaísmo e cristianismo, onde começou a se retirar para lugares solitários para orar e meditar.• Em um desses retiros, em uma montanha perto de Meca, ele teve uma “visão” do anjo Gabriel, que lhe disse para pregar o verdadeiro evangelhos.• Começou tímido,mas após outra revelação, começou a pregar e persuadir as pessoas.• Os líderes árabes em Meca o expulsaram em 622, onde se refugiou em Medina.• Onde começou a primeira comunidade muçulmana.• Em 630 Maomé e os seus tomaram Meca, onde o profeta proibiu qualquer vingança contra seus inimigos.• Com isso Maomé gozou de um grande prestígio e boa parte de península da Arábia tinha se tornado mulçumana até a usa morte em 632.• Com sua morte a direção da comunidade fica sobre os califas (sucessor), o primeiro foi Abu Bequer (Sunita)• Outros já não aceitaram, sendo Xiita.• Em 638 tomam Jerusalém, mas não perseguem os cristãos e judeus por não serem politeístas.• Os cristãos reconquistão em 1228 e a perdem definitivamente em 1244.• Somente o peliteísmo e a idolatria eram proibidos;• Depois começaram a proibir a conversão de qualquer mulçumano a outras religiões;• Depois quem se convertia ao islamismo fica livre de alguns impostos.• O imperador Leão III, foi um dos grandes que impediram o avanço dos muçulmanos.Significado das palavras:1- “Ala” (Deus);2- “Islam” (Submissão à Deus);3- “Maomé” (digno de louvor);4- “Jihad” (guerra santa);5- “Alcorão” (recitação), (114 suratas, 6.226 capítulos);6- “chahata” (testemunho); A doutrina muçulmana também chamada islâmica ou maometana impõe cinco regras:1- Crer em Alá, o único Deus e em Maomé, seu profeta; 2- Realizar cinco orações diárias (salat); 3- Ser generoso para com os pobres e dar esmolas (zakat); 4- Obedecer ao jejum religioso durante o ramadã (mês anual do jejum); 5- Ir a peregrinação a Meca (hadjdj) pelo menos uma vez durante a vida. Séculos XI, XII e XIII (1096-1291) – época das cruzadas. Provavelmente por causa dos 40 anos de fome entre 970 -1040. Chegou inclusive a haver a cruzada infantil (1212). No final percebeu que o prejuízo foi maior que as vitórias. No séc. XII surgem: os “Dominicanos” (Domingos) e os “Franciscanos” (João Bernardonne). Também começam a surgir importantes escolas e universidades. No século XIII vemos a decadência no alge, pois:1- Há clara corrupção do clero;2- As escrituras são deixadas de lado;3- O povo é esquecido.Séc. XIII - Começam a surgir os pré reformadores
JOÃO WYCLIF (1328?-1384) Hipswell/Yorkshire.Grande erudito de Oxford. Grande pregador, no ano de 1377 o papa Gregória XI expediu 5 bulas ordenando a preisão e exame de Wyclif. JOÃO HUSS (1373? – 1415) – professor na Universidade de Praga, que foi queimado por causa de sua fé, e antes de morrer disse que daqui a 100 anos iria surgir alguém que mudaria a história da igreja. JERÔNIMO SAVONAROLA (1452 – 1498) Florença/Itália , monge dominicano, pregador de grande eloquência, onde as pessoas chegavam meia noite para o ouvir falar na manhã seguinte, entregou uma profecia que o Papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano (fato que ocorreu), ele foi enforcado e queimado por ordem do Papa Alexandre VI, em Florença, na Itália. ÚLRICO ZUÍNGLIO (1484 – 1531) – paralelamente a Lutero surgiu na Suíça sua família tinha boa posição social e financeira. Em 1506 tornou-se padre, em 1520 o Papa Adriano VI proibiu-o de pregar.O “clima da Reforma”1- O desabrochar da natureza humana;2- Grandes Descobertas;3- Impresa; MARINHO LUTERO (1483 – 1546) nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben/Saxônia. Sua família era pobre e lutou com muita dificuldade para estudar (chegando ao ponto de esmolar na rua com músicas). Aos 18 anos entrou para a universidade mais famosa da Alemanha, Erfurt. Tornou-se monge em 1505 (por causa de uma tempestade), antes de completar 22 anos de idade. 2 anos depois foi para Wittenberg, onde se tornou professor. Em 1512 tornou-se doutor em teologia (Rm 1:17); Em 1517 surge na cidade Tetzel, enviado pelo arcebisbo da Mogúncia para vender indulgências emitidas pela papa, para diminuir a pena no purgatório, com isso no dia 31 de outubro de 1517 Lutero afixou na porta da capela de Wittenberg as suas 95 teses contra as indulgências, era o inicio da Reforma. Lutero nunca quis a sizão, e sim a Reforma. A bula de excomunhão, enviada pelo Papa Leão X chegou em Wittenberg, Lutero queimou-a no muro da cidade. Depois de um encontro com o Papa Lutero foi seqüestrado pelo príncipe da Saxônia para mante-lo vivo, assim ele passou vários anos no castelo com o nome de cavaleiro Jorge e o mundo o considerou morto. Depois disto Lutero resolveu deixar o hábito de monge e se casou com Catarina vom Bora que era freira. Depois Lutero compôs o primeiro hinário. Faleceu em Eisleben, no dia 18 de Fevereiro de 1546. Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.5. O papa não quer e não pode dispensar de outras penas além das que impôs ao seu alvitre ou nem acordo com os cânones, que são estatutos papais. 6. O papa não pode perdoar dívida, senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus, ou então o faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida em absoluto deixaria de ser anulada ou perdoada. 22. Com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas do purgatório das que, segundo os cânones da igreja, deviam ter expiado e pago na presente vida. 26. O papa faz muito bem em não conceder o perdão às almas em virtude do poder das chaves (coisa que não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão. 27. Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório. 28. Certo é que, no momento em que a moeda soa na caixa, vem lucro, e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus. 32. Irão para o diabo, juntamente com os seus mestres, aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.36. Tudo o cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência. 45. Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgência do papa, mas desafia a ira de Deus. 51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por um dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgência, vendendo, se necessário, a própria basílica de São Pedro. JOÃO CALVINO (1509-1564) responsável pela sistematização doutrinária e pela expansão do protestantismo. Nasceu em Nono, Picardia, França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai, Geraldo Calvino era advogado, sua mãe morreu quando tinha apenas 3 anos. Antes de completar 12 anos foi nomeado capelão de Lá Gesine. Depois formou-se em Direito. Declarou-se protestante em 1533. Em março de 1536, Calvino publicou a sua mais importante obra “Instituição da Religião Cristã”, e mandou para o rei Francisco I. Em julho de 1536, Calvino chega a Genebra, a cidade havia se declarado oficialmente protestante no dia 21 de maio daquele ano, nesta época Calvino tinha apenas 27anos. No dia 23 de abril de 1538, Calvino e Farel foram banidos de Genebra, foi para Estrasburgo, ou casou-se com Idelette de Bure, uma holandesa viúva. No dia 13 de setembro de 1541 ele entra novamente em Genebra; Em 1555 se torna governador da cidade, e em 1559 fundou a Academia Genebriana – a universidade de Genebra. Serveto o médico, foi o erro de Calvino. Faleceu em Genebra em 27 de maio de 1564.Genebra tornou-se:1- Cidade Modelo (intelectual, moral e espiritual);2- Grande centro de estudo teológico;3- Refúgio dos protestantes;4- Primeira cidade a ter rede de esgoto. GUILHERME FAREL (1489-1565) nasceu em Gap, província francesa de Delfinado, era conhecido como pregador valente e ousado. Converteu-se em Paris, não queria deixar a igreja Católica e sim reformá-la. Mas logo foi expulso de Paris. Não sabia planejar, nem organizar, nem liderar, nem pastorear, por isso convidou Calvino para reorganizar a vida religiosa de Genebra. JOHN KNOX (1515-1587) Foi na Escócia que surgiu o nome presbiteriano. E o grande nome da reforma escocesa é John Knox. Não se sabe ao certo a sua conversão, mas em 1546 foi levado para a França, onde ficou preso dezenove meses. Libertado foi para a Inglaterra, onde exerceu o pastorado por 2 anos. Em 1554 teve de fugir da Inglaterra, onde foi para Frankfurt e depois Genebra (acolhido por Calvino). Em 1559 voltou para a Escócia, onde fez a famosa oração “pai dá-me a Escócia senão eu morro”. Lá extrapolou a área religiosa, atingindo também a vida política e social do país. Sob sua influência, o parlamente escocês declarou o país oficialmente protestante, em dezembro de 1567; O parlamento adotou o credo da igreja nacional, e a igreja recebeu o nome de Igreja Presbiteriana, contaminando até o parlamento escocês. John Knox faleceu no dia 24 de novembro de 1587. O presbiterianismo foi levado da Escócia para a Inglaterra; de lá, para os Estados Unidos, e no dia 12 de agosto de 1859, chegou ao nosso país o primeiro missionário presbiteriano: Ashbel Gren Simonton. E até os dias de hoje a Escócia inteira se denomina presbiteriana► Noite de São Bartolomeu:► Em Paris, no ano de 1572, no casamento de Henrique de Navarra, por ordem da rainha Catarina de Médicis, foram mortos cerca de milhares de protestantes na rua.► O papa enviou congratulações a Catarina.► Nos mais de 30 anos, em 8 guerras foram mortos mais de 70 mil protestantes.► Em 1598 com o Édito de Nantes, selou a paz entre os protestantes e católicos romanos.► A Holanda se converte adotando o princípio de fé calvinista. ► Surge na Holando os armenianos, onde no Sínodo de 1618 é reafirmada a confissão de fé, trazendo assim a derrota das idéias armenianas.► Nome dado aos protestantes: Alemanha - Luteranos França – Huguenotes; Inglaterra – puritanos e anglicanos; Suíça e Países Baixos - reformados; Escócia - presbiterianos. ► As primeiras linhas de pensamento reformado foram:1- Luterana;2- Calvinista;3- Anglicana;4- Anabatista (Menonitas e Batistas).Contra-Reforma► Pensaram:1- Uma Reforma moral;2- Uma Reforma doutrinária.Ambas foram negadas, e então pensaram no ataque: A Contra-Reforma.1- Companhia de Jesus (Jesuítas) – Inácio de Loyola (1491-1556)A- Reuniões atraentes;B- Educação;C- Preparo político.2- Concílio de Trento (1545) – durou 18 anos;3- A inquisição e o Índex;4- “Reavivamento” Religioso na Igreja► Século XVIII na França:1- Cristianismo odiado;2- A igreja perde parte de seus bens;3- “deusa” razão;4- Revolta popular.► O Pietismo Felipe Jacó Spener (1666-1686)1- Sermões práticos;2- Reuniões bíblicas nos lares;3- Educação infantil;4- Visão missionária.► Com o Pietismo surge o movimento Moraviano► Conde Nicolau von Zinzendorf (1700-1760)► Um dos maiores movimentos missionários:1- Ásia (Índia);2- África;3- Américas (tribos);4- Europa. Os Puritanos:1- Assembléia de Westminster (1643-1649);- Surge a Confissão de Fé;- O Catecismo maior;- O catecismo menor. João Bunyan (1628-1688) é preso na perseguição, fica preso 12 anos onde escreve entre outros livros “O Peregrino” (2 livro mais vendido no mundo). Reavivamento do século XVIII João Wesley (1703-1791)1- 15 filho de 17;2- Professor de francês, latim, grego e hebraico;3- Grande pregador ao ar livre;4- Quando negado o púlpito pregou em cima do túmulo de seu pai;5- Pregava para cerca de 5 – 20 mil pessoas;6- Durante 54 anos pregou cerca de 2 vezes por dia e viajava 7 mil km por ano;7- Escreveu 3 volumosos compêndios de medicina além de livros cristãos;8- Por causa dele foi fundada a igreja Metodista.Fatos importantes Surge a primeira escola dominical em 1780 por Roberto Raikes, em Gloucester; A escola dominical era um movimento que visava alfabetizar as crianças pobres; Missões mundiais; A América é “invadida” pelos missionários;Jônatas Edwards (1703-1758) Pai pastor, 10 irmãs; Passava 13 horas por dia, estudando e orando; Famoso sermão: “Pecadores nas mãos de um Deus irado”; Grande pregador na Inglaterra e Estados Unidos, morreu de varíola, nos EUA.Jorge Whitefield (1714-1770) Nasceu em uma taberna de bebidas; Grande pregador na Escócia; Por 28 dias pregou para 10 mil pessoas diariamente; Possuía uma voz poderosa e emotiva; Dividia o dia em 3 períodos de 8horas:1- Para Deus e estudos; 2- Para dormir e se alimentar; 3- Para pregar. Foi enterrado no púlpito da igreja.Carlos Finney (1792-1875) Ganhou mais de 100 mil pessoas para Cristo; Em Governeur/Nova Yorque parou bailes e teatros; Foi diretor de colégio de Oberlin, ensinando à mais de 20 mil alunos;Jorge Mùlher (1805-1898) Orava 1h para 4 de trabalho; Passou vários apertos financeiros em seu começo de ministério; Fundou vários orfanatos, chegando a ter 2.000 mil crianças na sua morte; Havia 189 missionários; 100 escolas com um total de mais ou menos 9.000 mil alunos. "Vede entre as nações e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos: porque realizo em vossos dias uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada”, Hc 1: 5.PRIMEIRO GRANDE AVIVAMENTO AMERICANO a) O grande avivamento. Aconteceu nos Estados Unidos. Começou em 1734. Havia uma consciência da necessidade de alcançar os não-crentes e fortalecer os já convertidos. Jonathan Edwards (1703-1758), com sua simplicidade de vida e muita oração, exerceu grande impacto sobre as pessoas. George Whitefield (1714-1770) foi outro grande avivalista desse período. O resultado do trabalho desses homens foi milhares de conversões e o nascimento de muitas igrejas. Na Nova Inglaterra (EUA), numa população de 300 mil pessoas, houve entre 30 e 40 mil conversões. Houve fortalecimento moral nos lares, fundação de cursos teológicos e de obras sociais. b) Avivamento na Europa. Iniciou-se após a metade do século XVII. Em 1670, na Alemanha, o pastor Philip Spener organizou reuniões para estudo bíblico e oração nas casas. Surgiram obras sociais e um novo vigor espiritual veio sobre a igreja luterana. Fundaram-se campos missionários. O avivamento dos Morávios iniciou-se em 1727. Começaram a buscar ao Senhor em oração e, de repente, houve um derramar do Espírito sobre a igreja. Havia choro, quebrantamento e manifestações até entre crianças. Os morávios iniciaram um ministério de oração contínua que durou mais de 100 anos. Na Inglaterra, João Wesley foi o instrumento de Deus para mudar a história da igreja. Homem de oração, deu ênfase ao estudo bíblico. Opôs-se ao álcool, à guerra, à escravidão. Houve muitas conversões. c) No século XIX. Alguns homens foram instrumentos de Deus para liderar grandes avivamentos: Charles G. Finney foi poderoso na Palavra, na oração e no testemunho. Viveu nos Estados Unidos. Sob a influência de sua pregação, igrejas foram renovadas, nasceram novas comunidades, pessoas deixaram vícios, etc. Charles H. Spurgeon (1834-1892) foi professor de crianças na EBD e viu muitos pais se converterem com o testemunho dos filhos. Spurgeon foi poderoso na pregação. Sinais e prodígios eram comuns em suas reuniões. Esse avivamento iniciou-se na Inglaterra e alcançou outros países. Dwight L. Moody viveu de 1837 a 1899, nos Estados Unidos da América. Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas entregaram-se a Cristo por seu intermédio. Dedicou-se à EBD. Começou com 12 crianças e, em poucos anos, esse número chegou a 12 mil.III. O AVIVAMENTO EM NOSSO SÉCULO
a) Nos Estados Unidos. As primeiras manifestações pentecostais no período moderno deram-se em 1900, nos Estados Unidos. A rua Azuza, 312, em Los Angeles, E.U.A., era um dos mais famosos endereços da história pentecostal moderna. Ali houve grande despertamento espiritual. Surgiram alguns missionários impelidos pelo despertamento espiritual do começo do século. Entre eles estavam: Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da obra pentecostal no Brasil em 1910, que deu origem à Assembléia de Deus. Além disso, o surgimento do pentecostalismo nos Estados Unidos envolve alguns elementos de conflitos raciais daquela sociedade. O grupo no qual se manifestara o batismo no Espírito Santo era constituído, em sua maioria, por evangélicos negros no qual se associaram, posteriormente, evangélicos de cor branca. E isso tudo tinha um significado importante uma vez que “um novo Pentecostes, proclamava-se, descia sobre um velho templo metodista abandonado e fazia pensar que daí por diante iria realizar-se uma comunhão étnica”. Porém, segundo o mesmo autor, tanto os negros quanto os brancos, interpretaram esse fenômeno de formas diferentes e conflitantes. Na alma do pentecostal negro alojaram-se e permaneceram duas experiências estreitamente abraçadas: uma que então nascia do Espírito Santo; outra, mais antiga, a luta político-racial. Para ele, Cristo tomou uma nova face. Ficou sendo o Cristo negro, libertador da raça negra, oprimida na América e em outros países. Já para os brancos, “[...] ficou apenas a experiência da oração e dos cultos. A de feitio sócio-político não se pode dizer que tenha desabrochado. [...] Este é um aspecto que não pode passar em silêncio.” (ROLIM, 1995, p. 23-24). E isso se confirmou quando, a partir de 1908, os pentecostais brancos começaram a se afastar de seus irmãos negros e constituíram a igreja Assembléia de Deus. Segundo Freston, (1996, p. 74-75) “os brancos que haviam recebido a ordenação na Igreja de Deus em Cristo (predominantemente negra) saíram para fundar a Assembléia de Deus (quase exclusivamente branca) em 1914.” Assim, segundo Freston (1996), o movimento pentecostal que fora concebido inicialmente como uma renovação das igrejas cristãs existentes no momento não renovou como pretendia: começaram-se a formar grupos religiosos independentes que iriam se afastando dos demais tanto por motivos doutrinários quanto raciais. No Brasil, fora a vertente pentecostal branca que iniciou suas atividades no começo do século XX. De fato, a religião pentecostal que se implantou no Brasil é um rebento daquela experiência pentecostal dos americanos de cor branca. E uma das primeiras atividades dos pentecostais brancos norte-americanos no Brasil foi fundar a igreja Assembléia de Deus com o trabalho de missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, vindos dos Estados Unidos. Isso, portanto, já nos permite pensar que os primeiros movimentos do pentecostalismo no Brasil foram de caráter missionário, pois não foi um movimento autóctone, como ocorreu no Chile. A partir da formação da igreja Assembléia de Deus e também da Congregação Cristã no Brasil, outra denominação pentecostal que iniciou suas atividades no país na década de 1910, também por um imigrante vindo dos Estados Unidos, o italiano Luigi Francescon, outras denominações pentecostais imigraram ao Brasil e, algumas, se formaram aqui mesmo. Surgem 3 ondas: A primeira onda refere-se à década de 1910 na qual se instalaram no país a Congregação Cristã no Brasil (1910) e a igreja Assembléia de Deus (1911). Ambas possuem um longo tempo de atuação quase que exclusivo, 40 anos. Em termos de localização geográfica, a Congregação Cristã no Brasil instalou-se em São Paulo, mais precisamente no bairro operário do Brás, onde o italiano Luigi Francescon pretendia converter seus conterrâneos operários para sua denominação.A igreja Assembléia de Deus se instalou em Belém, no Pará, se expandindo rapidamente pelos estados da região norte do país. A segunda onda do pentecostalismo brasileiro refere-se às décadas de 1950-1960 e caracterizou-se pela fragmentação do movimento pentecostal e pela dinamização de sua relação com a sociedade. Nesse período surgem três grandes grupos além de outros de pouca expressão: a igreja do Evangelho Quadrangular (1951), a igreja O Brasil para Cristo (1955) e a igreja Deus é Amor (1962). O contexto dessa segunda onda de instalação de igrejas é paulista. A terceira onda do pentecostalismo brasileiro tem seu início a partir do final dos anos de 1970, tendo grande impulso a partir de 1980. Tem como seus principais representantes a Igreja Universal do Reino de Deus (1977) e a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980). Essas igrejas trazem um amplo movimento de renovação para o pentecostalismo nacional, envolvendo nessas inovações aspectos relacionados à teologia, liturgia, ética e estética, conforme veremos a seguir. O contexto dessa terceira onda é carioca.O Presbiterianismo nos Estados Unidos O calvinismo chegou à América do Norte com os puritanos ingleses que se radicaram em Massachusetts no início do século XVII. O primeiro grupo fixou-se em Plymouth em 1620 e o segundo fundou as cidades de Salem e Boston em 1630. Nas décadas seguintes, mais de 20 mil puritanos cruzaram o Atlântico em busca de liberdade religiosa e novas oportunidades. Muitos calvinistas que aceitavam a forma de governo presbiteriana vieram do continente europeu. Dentre os primeiros estavam os holandeses que fundaram Nova Amsterdã (depois Nova York) em 1623. Os huguenotes franceses também foram em grande número para a América do Norte, fugindo da perseguição religiosa em sua pátria. Um numeroso contingente de reformados alemães igualmente emigrou para os Estados Unidos entre 1700 e 1770. Muitos presbiterianos escoceses foram diretamente da Escócia para os Estados Unidos nos primeiros tempos da colonização. Todavia, foram os escoceses-irlandeses os principais responsáveis pela introdução do presbiterianismo naquele país. Durante o século XVIII, pelo menos 300 mil cruzaram o Atlântico. Eles se radicaram principalmente em Nova Jersey, Pensilvânia, Maryland, Virgínia e nas Carolinas. No oeste da Pensilvânia, eles fundaram Pittsburgh, por muito tempo a cidade mais presbiteriana dos Estados Unidos. O Rev. Ashbel Green Simonton, o introdutor do presbiterianismo no Brasil, era descendente desses escoceses-irlandeses da Pensilvânia. No século XVII as comunidades presbiterianas dos Estados Unidos viviam dispersas. Foi só no início do século seguinte que elas começaram a unir-se em concílios. Nesse esforço, destacou-se o Rev. Francis Makemie (1658-1708), considerado o “pai do presbiterianismo americano.” Ordenado na Irlanda do Norte em 1683, ele foi logo em seguida para a América do Norte. Makemie fundou diversas igrejas em Maryland e viajou extensamente encorajando os presbiterianos. Como a Igreja Anglicana era a igreja oficial de várias colônias, ele sofreu muitas perseguições. Chegou mesmo a ser preso em Nova York em 1706. De 1741 a 1758, os presbiterianos dividiram-se em dois grupos por causa de diferenças acerca do avivamento e da educação teológica: Ala Velha (Sínodo de Filadélfia) e Ala Nova (Sínodo de Nova York). Nesse período de divisão, vários evangelistas notáveis como Samuel Davies, Alexander Craighead e Hugh McAden trabalharam com grande êxito no sul do país, especialmente na Virgínia e nas Carolinas. Durante a Revolução Americana, os presbiterianos tiveram uma atuação destacada. O Rev. John Witherspoon (1723-1794), um escocês que foi presidente da Universidade de Princeton por vinte e cinco anos, foi o único pastor que assinou a Declaração de Independência dos Estados Unidos, em 1776. Muitos presbiterianos lutaram na guerra da independência. No dia 21 de maio de 1789, reuniu-se pela primeira vez a “Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América.” Naquela época, a Igreja Presbiteriana era a denominação mais influente do país. O Seminário de Princeton foi fundado em 1812. Em 1837 foi criada a Junta de Missões Estrangeiras, sediada em Nova York, que 22 anos mais tarde enviaria o seu primeiro missionário ao Brasil. Finalmente, em 1857 e 1861 ocorreram novas divisões, desta vez ocasionadas pelo problema da escravidão. As igrejas Nova Escola e Velha Escola do sul, favoráveis à escravidão, separaram-se das do norte. Eventualmente, foram criadas duas grandes denominações presbiterianas: A Igreja do Norte (PCUSA) e a Igreja do Sul (PCUS). Os missionários pioneiros dessas duas igrejas chegaram ao Brasil respectivamente em 1859 (Ashbel G. Simonton) e 1869 (Edward Lane e George N. Morton).História IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil) A maior e mais antiga denominação reformada do país é a Igreja Presbiteriana do Brasil. Ao mesmo tempo, convém lembrar que, já nos primeiros séculos da história do Brasil, houve a presença de calvinistas em nosso país. I. Primórdios do Movimento Reformado no Brasil 1. A França Antártica Os primeiros calvinistas chegaram ao Brasil ainda no começo da nossa história. No final de 1555, um grupo de franceses liderados por Nicolas Durand de Villegagnon instalou-se em uma das ilhas da Baía da Guanabara. Um ano e meio mais tarde, chegou à "França Antártica" um grupo de colonos e pastores reformados enviados pelo próprio João Calvino, em resposta a um pedido de Villegagnon. No dia 10 de março de 1557 esses evangélicos realizaram o primeiro culto protestante do Brasil, e possivelmente do Novo Mundo. Cinco deles foram presos e forçados a escrever uma declaração de suas convicções. O resultado foi a bela "Confissão de Fé da Guanabara." Com base nessa declaração, três dos calvinistas foram executados e outro foi poupado por ser o único alfaiate da colônia. O quinto autor da confissão de fé, Jacques le Baleur, conseguiu fugir, mas foi preso e mais tarde enforcado. Entre os que conseguiram retornar para a França estava o sapateiro Jean de Léry, que mais tarde tornou-se pastor e escreveu a célebre obra Viagem à Terra do Brasil (1578). 2. O Brasil Holandês A próxima tentativa de introdução do calvinismo no Brasil ocorreu em meados do século XVII por meio dos holandeses. No contexto da guerra contra a Espanha, a Companhia das Índias Ocidentais ocupou o nordeste brasileiro por vinte e quatro anos (1630-1654). O mais famoso governante do Brasil holandês foi o Conde João Maurício de Nassau-Siegen, que aqui esteve por apenas sete anos (1637-1644). Embora os residentes católicos e judeus tenham gozado de tolerância religiosa, a igreja oficial da colônia era a Igreja Reformada da Holanda, que realizou uma grande obra pastoral e missionária. Ao longo dos anos foram criadas 22 igrejas e congregações, dois presbitérios (Pernambuco e Paraíba) e até mesmo um sínodo, o Sínodo do Brasil (1642-1646). Além da assistência aos colonos europeus, a igreja reformada fez um notável trabalho missionário com os indígenas. Ao lado da pregação e ensino, houve a preparação de um catecismo na língua nativa. Outros projetos incluíam a tradução das Escrituras e a ordenação de pastores indígenas, o que não chegou a efetivar-se. Com a expulsão dos holandeses, as igrejas nativas vieram a extinguir-se e por um século e meio desapareceram os vestígios do calvinismo no Brasil. 3. O Protestantismo de Imigração O protestantismo em geral e o presbiterianismo em particular puderam estabelecer-se definitivamente no Brasil somente após a chegada da família real, em 1808. Em 1810, Portugal e Inglaterra firmaram um Tratado de Comércio e Navegação, cujo artigo XII, pela primeira vez em nossa história, concedeu liberdade religiosa aos imigrantes protestantes. Logo, muitos deles começaram a chegar de diversas regiões da Europa, entre eles reformados franceses, suíços e alemães. Em 1827, por iniciativa do cônsul da Prússia, foi fundada no Rio de Janeiro a Comunidade Protestante Alemã-Francesa, que congregava luteranos e calvinistas. Durante várias décadas, o calvinismo ficou restrito às comunidades imigrantes, sem atingir os brasileiros. Os poucos pastores reformados ou presbiterianos que por aqui passaram limitaram suas atividades religiosas aos estrangeiros. Tal foi o caso do Rev. James Cooley Fletcher, um pastor presbiteriano norte-americano que teve uma longa e frutífera ligação com o Brasil a partir de 1851. Ele deu assistência religiosa a marinheiros e imigrantes europeus, procurou aproximar o Brasil e os Estados Unidos nas áreas diplomática, comercial e cultural, e escreveu o livro O Brasil e os Brasileiros, publicado em 1857. Por meio de seus contatos com políticos e intelectuais brasileiros, Fletcher contribuiu indiretamente para a introdução do protestantismo no Brasil. Foi por sua sugestão que o missionário congregacional inglês Robert Reid Kalley veio para o Brasil em 1855. Finalmente, o presbiterianismo foi implantado entre os brasileiros pelo Rev. Ashbel Green Simonton, que aqui chegou em 1859. 1. Implantação (1859-1869)Rev. Ashbel Green Simonton Ashbel Green Simonton (1833-1867), o fundador da Igreja Presbiteriana do Brasil, nasceu em West Hanover, no sul da Pensilvânia, e passou a infância na fazenda da família, denominada Antigua. Eram seus pais o médico e político William Simonton e D. Martha Davis Snodgrass (1791-1862), filha de um pastor presbiteriano. Ashbel era o mais novo de nove irmãos. Os irmãos homens (William, John, James, Thomas e Ashbel) costumavam denominar-se os "quinque fratres" (cinco irmãos). Um deles, James Snodgrass Simonton, quatro anos mais velho que Ashbel, viveu por três anos no Brasil e foi professor na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro. Uma das quatro irmãs, Elizabeth Wiggins Simonton (1822-1879), conhecida como Lille, veio a casar-se com o Rev. Alexander Latimer Blackford, vindo com ele para o Brasil. Em 1846, a família mudou-se para Harrisburg, a capital do estado, onde Ashbel concluiu os estudos secundários. Após formar-se no Colégio de Nova Jersey (a futura Universidade de Princeton), em 1852, o jovem passou cerca de um ano e meio no Mississipi, trabalhando como professor, inicialmente pensou em ser professor ou advogado. Voltando para o seu estado, teve profunda experiência religiosa durante um avivamento em 1855 e ingressou no Seminário de Princeton, fundado em 1812. No primeiro semestre de estudos, ouviu na capela do seminário um sermão do Dr. Charles Hodge, um dos seus professores, que despertou o seu interesse pela obra missionária no exterior. Três anos depois, candidatou-se perante a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, citando o Brasil como campo de sua preferência. Dois meses após a sua ordenação, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 12 de agosto de 1859, aos 26 anos de idade. Em 22 de abril de 1860, Simonton dirigiu o seu primeiro culto em português , com 5 pessoas, 3 crianças e 2 adultos. Em janeiro de 1862, recebeu os primeiros conversos, sendo fundada a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro. O primeiro brasileiro a se tornar membro da Igreja Presbiteriana se chamava Serafim Pinto Ribeiro, no dia 22 de junho de 1862. A Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro foi organizada no dia 12 de janeiro de 1862. Quando foram batizadas os dois primeiros convertidos. A Igreja Presbiteriana de São Paulo foi organizada no dia 5 de março de 1865; a de Brotas, no dia 13 de novembro de 1865, a de Lorena no dia 17 e maio de 1868. O primeiro Presbitério foi organizado em 1865 no Rio de Janeiro. O primeiro pastor brasileiro, um ex-padre, chamado José Manoel da Conceição. No dia 14 de janeiro de 1867 começou a funcionar o primeiro seminário, localizado no Rio de Janeiro. Os principais colaboradores de Simonton naquele período foram seu cunhado Alexander L. Blackford, que em 1865 organizou as Igrejas de São Paulo e Brotas; Francis J. C. Schneider, que trabalhou entre os imigrantes alemães em Rio Claro, lecionou no seminário do Rio e foi missionário na Bahia; e George W. Chamberlain, grande evangelista e operoso pastor da Igreja de São Paulo. Os quatro únicos estudantes do "seminário primitivo" foram eficientes pastores: Antonio Bandeira Trajano, Miguel Gonçalves Torres, Modesto Perestrelo Barros de Carvalhosa e Antonio Pedro de Cerqueira Leite. Outras poucas igrejas organizadas no primeiro decênio foram as de Lorena, Borda da Mata (Pouso Alegre) e Sorocaba. O homem que mais contribuiu para a criação dessas e outras igrejas foi o notável Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), um ex-sacerdote católico romano, que se tornou o primeiro brasileiro a ser ordenado ministro do evangelho (1865). Conceição visitou incansavelmente dezenas de vilas e cidades no interior de São Paulo, Vale do Paraíba e sul de Minas, pregando o evangelho da graça. Pouco depois de organizar a Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro (12/01/1862), o jovem missionário seguiu em viagem de férias para os Estados Unidos, vindo a casar-se com Helen Murdoch, em Baltimore. Regressaram ao Brasil em julho de 1863. No final de junho do ano seguinte, Helen faleceu nove dias após o nascimento da sua filhinha, que recebeu o seu nome. Helen Murdoch Simonton, a filha única do Rev. Simonton, nunca se casou e faleceu aos 88 anos no dia 7 de janeiro de 1952. Com o passar dos anos, Simonton criou o jornal Imprensa Evangélica (1864), organizou o Presbitério do Rio de Janeiro (1865) e fundou o Seminário Primitivo (1867), este último localizado em um edifício de vários pavimentos junto ao Campo de Santana. No final de 1867, sentindo-se adoentado, o missionário pioneiro seguiu para São Paulo, onde sua irmã e seu cunhado criavam a pequena Helen. Seu estado de saúde agravou-se e ele veio a falecer no dia 9 de dezembro, acometido de "febre biliosa", conforme consta do seu registro de sepultamento. Seu túmulo foi um dos primeiros do ainda recente Cemitério dos Protestantes, no bairro da Consolação. Anos depois, foram sepultados perto dele os ossos do ex-sacerdote Rev. José Manoel da Conceição (1822-1873), o primeiro pastor evangélico brasileiro. Simonton e Conceição, um americano e um brasileiro, foram os personagens mais notáveis dos primórdios do presbiterianismo no Brasil.O SISTEMA DOUTRINÁRIO A igreja Presbiteriana do Brasil adota, como exposição das doutrinas bíblicas, a Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior, e o Catecismo Menor. Nossa única regra de fé e prática é a Bíblia Sagrada. A Confissão de Fé de Westminster, foi convocada pelo Parlamente Inglês para elaborar os princípios de governo, doutrina e culto que deviam reger as atividades religiosas no Inglaterra, Escócia e Irlanda (em oposição ao arminianismo). A primeira sessão ocorreu no dia 1o de julho de 1643, e reuniu 121 teólogos na Abadia de Westminter, em Londres, tendo 1.163 sessões, e sendo aprovado pelo Parlamento Inglês em 1648. A Igreja Presbiteriana do Brasil, adota um sistema representativo de governo. A Igreja Presbiteriana do Brasil possui os seguintes Concílios, em ordem ascendente: O Conselho, que exerce jurisdição sobre a Igreja local.O Presbitério, que exerce jurisdição sobre os ministros e conselhos de determinada região.O Sínodo, que exerce jurisdição sobre três ou mais Presbitérios.O Supremo Concílio, que exerce jurisdição sobre todos os Concílios.Conselho da Igreja Local O Conselho da Igreja é o Concílio que exerce jurisdição sobre uma Igreja e é composto do pastor, ou pastores, e dos presbíteros. O pastor é o presidente do Conselho da Igreja local e é sempre o representante legal da Igreja, para efeitos civis e, na sua falta, o seu substituto.DIÁCONOS Formam a junta diaconal, que cuida da ordem no templo e seus arredores e da assistência social. Como os presbíteros são eleitos pela assembléia geral extraordinária da igreja. Para se orientar no governo e na disciplina, os concílios têm: a Constituição,o Código de Disciplina,e os Princípios de Liturgia.Presbitério O Presbitério é o concílio constituído de todos os ministros e presbíteros representantes de igrejas de uma região determinada pelo Sínodo.Cada Igreja será representada no Presbitério por um presbítero, eleito pelo respectivo Conselho. São funções privativas do Presbitério: a) admitir, transferir, disciplinar, licenciar e ordenar candidatos ao ministério e designar onde devem trabalhar; b) conceder licença aos ministros e estabelecer ou dissolver as relações destes com as Igrejas ou congregações; c) admitir, transferir e disciplinar ministros e propor a sua jubilação; d) designar ministros para Igrejas vagas e funções especiais; f) organizar, dissolver, unir e dividir Igrejas e congregações e fazer que observem a Constituição da Igreja; g) receber e julgar relatórios das Igrejas, dos ministros e das comissões a ele subordinadas; h) julgar da legalidade e conveniência das eleições de pastores, promovendo a respectiva instalação; i) examinar as atas dos Conselhos, inserindo nas mesmas observações que julgar necessárias; p) eleger representantes aos concílios superiores.Sínodo O Sínodo é a assembléia formada por ministros e presbíteros que representam os Presbitérios de uma região determinada pelo Supremo Concílio. Compete ao Sínodo: a) organizar, disciplinar, fundir, dividir e dissolver Presbitérios; b) resolver dúvidas e questões que subam dos Presbitérios; c) superintender a obra de evangelização, de educação religiosa, o trabalho feminino e o da mocidade, bem como, as instituições religiosas, educativas e sociais, no âmbito sinodal, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Supremo Concílio; Supremo Concílio O Supremo Concílio é a assembléia de deputados eleitos pelos Presbitérios e o órgão de unidade de toda a Igreja Presbiteriana do Brasil, jurisdicionando igrejas e concílios.É dever do Supremo Concílio: a) formular sistemas ou padrões de doutrina quanto à fé; estabelecer regras de governo, de disciplina e de liturgia, de conformidade com o ensino das Sagradas Escrituras; d) corresponder-se, em nome da Igreja Presbiteriana do Brasil, com outras entidades eclesiásticas; e) jubilar ministros; g) definir as relações entre a Igreja e o Estado; j) criar e superintender seminários, bem como estabelecer padrões de ensino pré-teológico e teológico;Executiva, inserindo nelas as observações julgadas necessárias; r) defender os direitos, bens e propriedades da Igreja; IGREJA REFORMADA1. A Fé Reformada 2. Teocentricidade 3. Depravação Total 4. Eleição Incondicional 5. O Sacrifício Limitado 6. Graça Irresistível 7. Perseverança dos Santos 9. Batismo Infantil
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